segunda-feira, 8 de setembro de 2014

Ele diz que os integrantes precisam comprar uniforme.Prefeitura admite problema e diz que já providencia aquisição.
Em Itaquaquecetuba, 70% dos integrantes da Guarda Civil Municipal trabalham sem farda. A afirmação é de um guarda-civil que preferiu não se identificar por medo de represálias. Ele diz que esses guardas atuam em horário administrativo e em setores que não exigem o fardamento. “Os outros 30% que atuam realmente no policiamento nas ruas tem uniforme porque compraram do próprio bolso. Em sete anos de existência da GCM de Itaquaquecetuba, os guardas receberam apenas uma vez a farda.”
A discussão sobre a falta de farda começou depois que o guarda-municipal Roberto Carlos Ribeiro dos Santos foi morto com um tiro disparado por um policial militar após ser confundido com um ladrão na noite de sábado (6). Outro ponto da morte do GCM que despertou polêmica entre os integrantes da corporação foi o fato da Prefeitura alegar que Santos não estava a trabalho na noite de sua morte.
O GCM estava na Câmara Municipal onde acontecia a apresentação do coral da cidade em comemoração ao aniversário do município nesta segunda-feira (8). O secretário municipal de Segurança Geraldo Perioto contou que o guarda-municipal deixou o local quando uma mulher foi procurar ajuda depois de ter sido assaltada no meio da multidão. Na tentativa de encontrar os ladrões, a vítima e outros guarda-municipais correram para uma rua há poucos metros da Câmara porque viram uma movimentação e acharam que poderia ser dos suspeitos. Segundo o secretário, dois policiais militares também foram chamados para a mesma ocorrência. Em uma esquina um dos PMs atirou no guarda-municipal por achar que ele era o ladrão por estar com a arma na mão.
Segundo a Prefeitura, Santos trabalhava na Secretaria de Cultura. “Na minha opinião ele estava a trabalho. Também discordo da versão da Prefeitura porque se ele estivesse de folga, ainda mais sendo um feriado prolongado na cidade, estaria com a família e não em um evento da secretaria onde trabalhava”, afirma o guarda. Ele diz ainda que é comum os integrantes da Guarda Municipal serem convocados para atuar fora do seu horário de expediente. Para o GCM se o colega estivesse usando a farda o incidente poderia ser evitado. “Se ele estivesse fardado, como o colega nosso que estava com ele, seria identificado pelo PM. Mas o local que ele trabalhava não exigia farda.”
O secretário de segurança admite problemas com o fardamento do efetivo de 270 servidores. “Alguns compraram. Nós já estamos com processo no departamento de Compras. É uma questão de 15 a 20 dias para as fardas estarem aqui. Mas tivemos problemas sim”, diz Perioto.
Em nota, a Polícia Militar informa que “Roberto Carlos Ribeiro dos Santos estava de folga e portava uma pistola calibre 380.” Ainda segundo a PM, o GCM “corria com sua arma de fogo à mão; ato contínuo, o mesmo virou-se na direção da equipe Policial Militar e, ainda com a arma em punho,foi atingido pelos policiais militares, ferindo-o no tórax. O guarda-municipal chegou a ser socorrido ao Hospital Santa Marcelina, infelizmente, não resistindo ao ferimento.” De acordo com a PM foram instaurados inquéritos pela PM e pela Polícia Civil para apuração do caso.
Entenda o caso
De acordo com o boletim de ocorrência registrado em uma delegacia de Itaquaquecetuba, por volta das 20h de sábado (7) o guarda-municipal de 34 anos estava na Câmara Municipal. No local era feita a apresentação do coral municipal em comemoração ao aniversário da cidade que é nesta segunda-feira (8).
O secretário municipal de Segurança Geraldo Perioto contou que o guarda-municipal deixou o local quando uma mulher foi procurar ajuda depois de ter sido assaltada no meio da multidão. Na tentativa de encontrar os ladrões, a vítima e outros guarda-municipais correram para uma rua há poucos metros da Câmara porque viram uma movimentação e acharam que poderia ser dos suspeitos.
Segundo o secretário de Segurança, dois policiais militares também foram chamados para a mesma ocorrência. Em uma esquina um dos PMs atirou no guarda-municipal. A Polícia Civil ainda não esclareceu as circunstâncias em que o disparo foi feito, mas a suspeita é que o policial militar confundiu o guarda com um dos ladrões por ele estar sem a farda da corporação.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/mogi-das-cruzes-suzano/noticia/2014/09/guarda-municipal-denuncia-falta-de-fardas-na-gcm-de-itaqua.html

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